terça-feira, 5 de maio de 2009

Um sonho de Pierrot


A Girasol me acordou
Espantou simples assim
Muito rápido toda dor

Eu fugi na noite
Fugi na bebida, nas meninas, nos cigarros e na vida

Mas de nada adiantou
Só ela e somente ela
Acaba com minha dor

Eu sou aquele Pierrot
E ela minha flor meu amor

Abraçou-me e disse que me amou
E que esse amor não acabou

E o mundo
Sobre os meus ombros
Se iluminou

E o meu chão se afundou
Entendi então a compaixão na saudade
E uma única vez
Não desejei morrer
Em minha mocidade

Tentei e cruzei mares de gente
Lutei e estou matando serpentes
As quais me envenenaram e matam os meus sonhos lentamente

E por fim Janis Joplin
Sorri para mim

Ela esta lá
E eu estou aqui

E nossas almas abraçadas até o fim

Mesmo que o amor acabe

Jamais esquecerei
O único amor
Que me serve que me cabe

Bianca musa em arte
Onde o choro e o sentimento
Sinto de verdade

Até o fim de todas as idades.


-Fabiano Antunes.

4 comentários:

  1. "Um pierrot apaixonado
    Que vivia só cantando
    Por causa de uma colombina
    Acabou chorando, acabou chorando

    A colombina entrou no botequim
    Bebeu, bebeu, saiu assim, assim
    Dizendo: "Pierrot, cacete!
    Vai tomar sorvete com o arlequim!"

    Um grande amor tem sempre um triste fim
    Com o pierrot aconteceu assim:
    Levando esse grande chute
    Foi tomar vermute com amendoim!"

    Seu texto me fez lembrar essa música do Noel... Excelente, à propósito!
    Saudade de conversar contigo, criatura...
    Sumiste do meu blog, né? =/
    rsrsrs
    Forte beijo em você, cara!

    ResponderExcluir
  2. "E por fim Janis Joplin
    Sorri para mim"

    Fantástico!

    =)

    ResponderExcluir
  3. lindo demais fabians,

    ResponderExcluir
  4. Grande Fabiano, boa poeia, e gostei da trilha do Jimi Hendrix huahuahua...

    Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco.
    (Memórias de Minhas Putas Tristes - Pg. 74)
    Gabriel García Márquez

    Abraços
    João Paulo

    ResponderExcluir