sexta-feira, 17 de abril de 2009

Vida de Desgraçado.



Cada minuto que se encerra
Minha alma dilacera

Não tenho nada
Nem amigos, camaradas, namoradas
Choro na noite o blues
Que sai da minha gaita

Morro a cada esquina
Sem amor
Só com uma garrafa na mão
E meus sonhos no chão
Molhados, regados a olhos pardos

E a felicidade dura pouco
Como o som do lança perfume
E eu anseio sair desse mundo

Mas os olhos da Bella
Prende-me
Cancela-me
Protege-me

Mas ela agora esta distante
E eu fico por ai
Petulante
Amante do mundo que é pequeno gigante

Blues que salva os dissimulados
Acalenta-me no pensamento desvairado
Socorre os desgraçados
Canto o meu pranto.