terça-feira, 25 de maio de 2010

Disritmia


Na prisão da vida frígida
Onde todas as certezas são esquecidas
Me decomponho a cada dia
dia
dia
dia
dia

Meu sorriso
Tem gosto de arnica
E um cheiro singelo de malícia

Ambulante em um destino impróprio
Vivo na desesperança dos fatos
Apedrejando-me com ódio

Desejo por toda minha sina
Parar de andar
Morrendo pela vida

Ansiando aquela visita
Que desde o inicio
Foi-me prometida

A beleza mais bonita
É de fato aquela
Que nunca é vista

E é dor infinita
Aos que procuram sentido
Nessa vida.

Fabiano Antunes.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Despetala.


Fui inconseqüente

Deixei o amor

Ludibriar-me novamente



Quente são meus olhos

Esfumaçados e ardentes



Meu coração estrangula-me

Escancarando no espelho

Minha forma decadente (forma bruta)



Melhor é aceitar

Serei para sempre indecente

Nunca amarei novamente [até amanhã.]



Caricias femininas

Ninfas vadias

Lesbianismo na minha orelha



Para sempre serei boêmio!

E jamais me esquecerei

Que até os Girassóis

Possuem os mais doces e singelos venenos.



Fabiano Antunes. (Pierrot Urbano.)