quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dez ilusão


Deleito-me no Sonho...
Na brancura dos gestos simples
Sou sozinho na desesperança
Que acaba enfim.

Versos tristes...

Sou tudo!
Não possuo nada.
Sou livre!
Em um cadáver de alma desapegada.

O lamento alheio me soa enjoativo
Busco o calor
No olhar de tantas damas, tanto sabor
Jamais me manteve límpido sadio

Sou ser destruído!
Em um soneto caído
Letra morta
Poesia do infinito

Vim da morte da ilusão
Para transfigurar-me em sonho vão
Na insensatez de cada coração
De todo sapiens que vaga, vagou e vadiou
Nesse mundo cão.


Dez mil quimeras de ilusão!

-Fabiano Antunes.