terça-feira, 25 de maio de 2010

Disritmia


Na prisão da vida frígida
Onde todas as certezas são esquecidas
Me decomponho a cada dia
dia
dia
dia
dia

Meu sorriso
Tem gosto de arnica
E um cheiro singelo de malícia

Ambulante em um destino impróprio
Vivo na desesperança dos fatos
Apedrejando-me com ódio

Desejo por toda minha sina
Parar de andar
Morrendo pela vida

Ansiando aquela visita
Que desde o inicio
Foi-me prometida

A beleza mais bonita
É de fato aquela
Que nunca é vista

E é dor infinita
Aos que procuram sentido
Nessa vida.

Fabiano Antunes.

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