quarta-feira, 4 de julho de 2012

Não se compara.


Nos espasmos de minha cólera
Ainda sinto seu perfume, distante...

Nas distancias entre nossos corpos
Um calor tão ausente!

Minha mente como um realejo
Repete o seu retrato inerte.

Meus dedos já não consolam os seus cabelos

Sinto uma euforia mórbida nisso tudo
Foi a lembrança de um sexo perdido.

Tenho cicatrizes tão profundas...
Poderia plantar os seres de suas ilusões nelas

Foi breve comparado a vida...

É a vida, e isso não se compara a nada.

-Fabiano Antunes

Um comentário:

  1. Fabiano, reli seu blog todo pela enésima vez. E é muito engraçado como cada vez vejo um você diferente. Você é Colombina e Arlequim, eu sou Pierrot. Acho que por isso o pseudônimo trocado. Mas olhe, ser Pierrot pode ser poético, mas dói no coração. Se cuida. E cuide também dos corações que encontrar pelo caminho...

    Que eu seja anônimo até nosso dia chegar.

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