
Na prisão da vida frígida
Onde todas as certezas são esquecidas
Me decomponho a cada dia
dia
dia
dia
dia
Meu sorriso
Tem gosto de arnica
E um cheiro singelo de malícia
Ambulante em um destino impróprio
Vivo na desesperança dos fatos
Apedrejando-me com ódio
Desejo por toda minha sina
Parar de andar
Morrendo pela vida
Ansiando aquela visita
Que desde o inicio
Foi-me prometida
A beleza mais bonita
É de fato aquela
Que nunca é vista
E é dor infinita
Aos que procuram sentido
Nessa vida.
Fabiano Antunes.