quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Pobre pobretão


Se a tristeza o acalentava

A vida a alma aos pouco o roubava

Sem escrúpulos sem nada

Viajando por esse mar de incertezas

Nada de harmonia ou firmeza

Procurava em vão a resposta de sua ilusão

Mesmo que nada aqui tivesse o que lhe roubaram

Pobre pobretão que nada tem

Nem amor nem condição

Fica a vagar em uma sobra de sua própria solidão

Não acredite nesses que lhe querem amor

Perdão Inquietação

Corra para a luz

Que nela a justiça morta

Vê-lhe o que a cegueira nos escondeu

Pare de sofrer por alusão

Pois nessa cósmica e intrépida passagem

Todos estão perdidos no mar de vida

Chamado solidão... Pobre pobretão


Fabiano Antunes

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